Diversos pais e parentes de crianças que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em São Luís tiveram o tratamento de suas crianças interrompido após a clínica que realizava o atendimento suspender o recebimento dos pacientes, alegando falta de pagamento por parte de um plano de saúde.
No último sábado, 4 de novembro, famílias receberam um comunicado do Centro de Terapia, Fonoaudiologia, Audiologia e Medicina Alternativa (Cetfama), informando que os tratamentos estariam suspensos devido a problemas no pagamento por parte do plano de saúde. O plano, anteriormente conhecido como Unihosp, agora operando sob o nome de Humanas, teria deixado de efetuar os pagamentos necessários para as sessões das crianças, mesmo com os pais mantendo em dia suas mensalidades.
Segundo os pais, as crianças recebem terapia de segunda a sexta-feira, algumas delas passando até quatro horas por dia no tratamento. No entanto, com a suspensão dos atendimentos, elas ficaram sem acesso a nenhum serviço essencial, gerando apreensão e frustração entre os pais, que, embora tenham cumprido com suas obrigações financeiras em relação ao plano de saúde, veem seus filhos em um impasse preocupante.
Alguns pais já entraram com uma reclamação no Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (PROCON), além de apresentarem denúncias junto à agência reguladora de saúde, buscando esclarecimentos sobre o impasse que está prejudicando seus filhos. Porém, o que mais preocupa esses pais é o tempo que essa situação está tomando. As terapias são fundamentais para o desenvolvimento das crianças, e qualquer interrupção pode resultar em regressão em seu progresso, impactando significativamente em suas vidas.
Hoje, durante sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Wellington do Curso, do PSC, falou do caso na tribuna da Casa. Wellington classificou o caso como absurdo, e afirmou que vai solicitar informações da Clínica CETFAMA e o plano de saúde Humanas, para que prestes esclarecimento sobre a situação.
Até o momento, o plano de saúde não se manifestou sobre o assunto.
Veja o trecho do pronunciamento do deputado Wellington do Curso
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