A revista Carta Capital será distribuída na rede estadual de ensino entre estudantes de escolas públicas do Maranhão. É o que prevê o contrato 32/2020 feito entre a SEDUC (Secretaria de Estado da Educação do Maranhão) e Editora Confiança Ltda.
O contrato feito com dispensa de licitação, através de contratação direta, tem o valor total estimado em R$ 671.984,40, cada assinatura custará o valor mensal de R$ 456,45. Ao todo, serão 1.472 assinaturas. Assinado no último dia 24 de agosto, o contrato prevê que as revistas serão entregues de forma semanal, em endereços pré-agendados com a SEDUC.
A revista Carta Capital já fez mais de 50 matérias direcionadas ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), inclusive já foi capa da referida revista, elevando a sua imagem para fora do Maranhão. Flávio Dino tem a pretensão de ser candidato a Presidente do Brasil em 2022.
O contrato deste valor, sem licitação, é no mínimo estranho, já que Flávio Dino preza pela moralidade dos gastos públicos, apontando fatos do governo Bolsonaro.
E porque mais de 1400 assinaturas? Se a rede estadual tinha 1071 escolas em 2019 (Dados do Censo Escolar) e com certeza não construiu nenhuma escola nova e nem todas são prédio próprios (compartilhadas com as escolas municipais) e tem mais de 270 indígenas que não estão nem aí para essa revista. Além da doutrinação, tem o excedente para privilegiar a empresa.