O governador do Maranhão, Flávio Dino, irá pedir nesta segunda-feira o apoio das Forças Armadas nas ações de combate a incêndios na Amazônia, segundo informou sua assessoria neste domingo. Enquanto isso, o governador do Amapá, Waldez Góes , vai definir na segunda se fará o mesmo. Esses são os dois únicos estados da região da Amazônia Legal que ainda não foram incluídos na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) determinada pelo presidente Jair Bolsonaro para conter as queimadas.
Até agora, o emprego dos militares já foi autorizado em sete estados: Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Acre e Amazonas. O decreto que instituiu a GLO permite o reforço das Forças Armadas para os estados da Amazônia Legal desde que os governadores formalizem o pedido. Em seguida, um despacho presidencial oficializa a medida. No Amapá, representantes dos órgãos ambientais do estado vão apresentar, em uma reunião, dados referentes a queimadas e ao desmatamento, além de projeções. Após o encontro, o governador decidirá se vai formalizar o pedido de auxílio, segundo a Secretaria de Comunicação do estado.
O Amapá, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registrou 11 focos de incêndio em agosto, número menor que o do ano passado, quando houve 38 notificações. No Maranhão, o número de focos ativos este mês também está abaixo do verificado no mesmo período do ano passado: 2.320 contra 2.833.
No Pará, por exemplo, foram detectados 7.924 focos pelos satélites, número 184% maior que o verificado no mesmo mês do ano passado — 2017 foi o ano com menos queimadas no estado em agosto, de acordo com a série histórica do instituto.
Matéria do O GLOBO