Em reunião nesta segunda-feira (31), o senador Weverton Rocha (PDT) disse oficialmente ao governador Flávio Dino (PSB) que se lançará como candidato ao governo do Maranhão em 2022.
Como Dino escolheu seu vice, Carlos Brandão (PSDB), como sucessor, a base do governador no estado chegou a um racha com a decisão do pedetista.
Mesmo com a divisão, Weverton disse na reunião que está disposto a apoiar Dino em sua candidatura ao Senado. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), aliada do pedetista, também participou do encontro.
Como mostrou o Painel, o ex-presidente Lula (PT) acompanha o impasse com preocupação. Na última semana, ele recebeu Dino e Rocha em São Paulo.
Lula é próximo de ambos, o que pode fazer com que tenha palanque duplo com a ruptura, mas também pode gerar situações delicadas. Ele tem dito que torce para acerto que mantenha o grupo unido, o que hoje parece improvável.
Caso decida ser discreto na disputa, Lula favorecerá Rocha, que acumulou material ao lado do petista ao longo dos anos, diferentemente de Brandão. O senador já tem se embalado como “o melhor amigo de Lula no Maranhão”.
Caso o ex-presidente petista decida participar da disputa, pode ter que dividir atenção entre os dois candidatos, como fez na última semana, dividindo as atenções entre o governador e o senador.
O ex-presidente já disse que é difícil que o PT apoie alguém do PSDB, em referência a Brandão, que pode mudar para o PSB. Até o começo de 2021 ele estava no Republicanos, e as migrações já surgem como foco de ataque de rivais.
Aliados de Rocha têm dito que Brandão não tem mostrado potencial de crescimento eleitoral e que Dino tem usado um argumento que não combinou com sua base para fundamentar a escolha, o de que o vice-governador estará com a caneta na mão a partir de 31 de março, quando Dino deixará o governo para concorrer ao Senado.
As pesquisas de intenção de votos indicam cenário mais favorável a esse grupo, com Rocha à frente. Do outro lado, Josimar de Maranhãozinho, do PL de Jair Bolsonaro, protagonizou escândalo em que foi flagrado com maços de dinheiro vivo que, segundo a Polícia Federal, teriam origem em esquema de desvio de emendas parlamentares.
O senador Roberto Rocha, do PSDB, também briga para ter o apoio de Bolsonaro.
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