Um caso chocou os moradores da cidade de Zé Doca, interior do Maranhão, após um recém-nascido ter sido subtraída do hospital municipal pouco tempo depois do parto. De acordo com a Polícia Civil, a ação foi realizada por uma dupla de enfermeiros que utilizou a ambulância da cidade para a prática do crime. A polícia investiga se a criança foi negociada e se há outros casos semelhantes envolvendo recém-nascidos de mães vulneráveis.
Segundo informações do delegado da Polícia Civil, Saulo Rezende, os enfermeiros podem ter aliciado a mãe da criança para doar o bebê e falsificado documentos para realizar a entrega da criança a terceiros, tudo isso em um intervalo de apenas duas horas após o nascimento. “O enfermeiro falsificou a declaração de nascido vivo, e na declaração tem o nome da suposta mãe, exatamente a pessoa que recebeu a criança”, afirmou o delegado.
Após serem identificados pelas imagens do hospital, o enfermeiro confessou o crime e ligou para a pessoa que havia recebido a criança para que a trouxesse de volta. A polícia suspeita que a ação tenha sido orquestrada e que outras mães de baixa renda, possam ter sido aliciadas a doar seus bebês em troca de dinheiro.
O enfermeiro foi autuado em flagrante e está afastado de suas funções. Ele e sua comparsa, outra enfermeira, são acusados de aliciarem mulheres gestantes de baixa renda para doarem seus filhos. As investigações continuam para descobrir qual seria o destino da criança subtraída e se há outras pessoas envolvidas no crime.
A ação rápida dos enfermeiros colocou em risco a vida da criança, o que chamou a atenção da polícia para o caso. A investigação procura determinar se a criança foi vendida ou se houve outros casos semelhantes. É importante ressaltar que a prática de aliciar mães de baixa renda para doar seus filhos é crime.
O enfermeiro autuado não poderá se aproximar do hospital até o fim das investigações.
Veja matéria da TV Cidade Zé Doca
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