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Após ser denunciado pela PGR por corrupção envolvendo emendas parlamentares, Josimar de Maranhãozinho se manifesta

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra três deputados do Partido Liberal (PL) por envolvimento em um esquema de corrupção ligado a repasses de emendas parlamentares. Entre os denunciados estão os deputados Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa, além de outras seis pessoas acusadas de participação no esquema.

Os repasses sob investigação estão relacionados a emendas parlamentares destinadas a São José de Ribamar, no Maranhão. Essas emendas, indicadas pelos deputados, fazem parte do orçamento secreto — um mecanismo que, em 2022, foi considerado inconstitucional pelo STF devido à falta de transparência. A investigação da PGR aponta que o grupo teria desviado parte dos recursos destinados ao município.

Segundo os investigadores, mais de R$ 1,6 milhão em propinas estariam envolvidos no esquema, com valores supostamente destinados a Josimar Maranhãozinho (R$ 200 mil), Pastor Gil (R$ 375 mil) e Bosco Costa (R$ 1 milhão). O deputado Bosco Costa, embora eleito por Sergipe, teria direcionado recursos para a cidade maranhense. A Procuradoria sustenta que a entrega da propina deveria ser feita em dinheiro vivo e, mesmo que os valores não tenham sido efetivamente repassados, considera que houve crime devido à comprovação do pedido de propina.

Em 2022, os três deputados foram alvos de buscas e apreensões, mas negaram envolvimento nas irregularidades. Agora, diante da nova denúncia, suas defesas não se manifestaram publicamente. A denúncia da PGR será julgada pela primeira turma do STF, ainda sem data definida. Além desse caso, a PGR também analisa outros 15 inquéritos relacionados a possíveis crimes envolvendo emendas parlamentares.

Em resposta à denúncia, Josimar Maranhãozinho divulgou uma nota afirmando que a investigação não considerou a realidade dos fatos, desconsiderando, segundo ele, a ausência de provas concretas e uma análise adequada de sua defesa. “Infelizmente, o que deveria ser conduzido com isenção tem sido utilizado para construir narrativas políticas, especialmente neste período eleitoral”, declarou o deputado em sua nota.

Maranhãozinho destacou que o processo de investigação, após três anos, chega ao seu desfecho, e que agora ele terá a oportunidade de esclarecer os pontos oficialmente. O deputado enfatizou que, até o momento, não foi comprovada nenhuma irregularidade nas emendas parlamentares que ele indicou. Ele também afirmou que seu papel como parlamentar se limitou a sugerir emendas para o financiamento de obras públicas, enquanto a execução e fiscalização das obras é responsabilidade exclusiva dos órgãos do Poder Executivo.

“Minha atuação parlamentar, amplamente reconhecida no Maranhão, sempre foi direcionada para promover o desenvolvimento do estado”, ressaltou. Ele frisou que a denúncia não é uma condenação, mas sim uma peça unilateral que precisa ser submetida ao devido processo legal.

Por fim, Josimar Maranhãozinho declarou confiança nas instituições e na Justiça. “Confio plenamente nas instituições e estou certo de que a Justiça, ao analisar os fatos com a devida imparcialidade, confirmará minha inocência. Estou seguro de que, ao final deste procedimento, a verdade prevalecerá”, concluiu o deputado.

Veja a íntegra da nota

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