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No Maranhão, Detran cobra vistoria de veículos zero quilômetro; taxa de serviços digitais encarecem o procedimento

O Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA) implementou recentemente mudanças no procedimento de emplacamento de veículos novos, gerando polêmica e questionamentos por parte dos proprietários. Anteriormente, ao adquirir um veículo zero quilômetro, o dono tinha um prazo de até 15 dias para emplacá-lo, sem a obrigatoriedade de uma vistoria. Entretanto, uma nova regra implementada junto ao aumento de taxas estabeleceu a cobrança dessa inspeção, adicionando mais ainda os custos ao processo.

A justificativa para a alteração reside na necessidade de monitorar veículos que, porventura, não foram emplacados dentro do prazo inicial, a fim de evitar situações como acidentes não reportados, envolvimento em crimes ou fraudes. Apesar do prazo de 15 dias, alguns defendem que a procedência dos veículos advindos de concessionárias já garante um nível de segurança, pois passam por inspeções antes de chegarem aos consumidores.

Segundo especialistas, veículos novos contam com diversos mecanismos de segurança, como numeração no chassi, câmbio e vidro, o que, em teoria, dispensaria a necessidade imediata de vistoria. No entanto, o Detran argumenta que, ao longo do tempo, a história de um veículo não emplacado pode trazer à tona situações que justificam a inspeção.

O ponto central das críticas recai sobre os custos adicionais introduzidos pelo Detran nesse processo. O novo procedimento exige que os proprietários realizem a vistoria no ato do emplacamento, ao custo de R$153,00 e paguem uma taxa de serviços digitais no valor de R$175,00. Essa última taxa, em particular, gerou questionamentos sobre a eficácia e a necessidade de tais serviços, levantando dúvidas sobre a real intenção do Detran.

O questionamento que paira no ar é se o Detran está de fato empenhado em aprimorar seus serviços e atender às demandas do público, ou se a implementação dessas mudanças visa, na verdade, aumentar as receitas do órgão à custa dos cidadãos.

Dentro do órgão, nem os próprios diretores não conseguiram apresentar argumentos claros sobre os benefícios específicos da vistoria em veículos novos, focando na importância geral da inspeção veicular. A falta de uma justificativa contundente para a cobrança da taxa de serviços digitais também permanece sem resposta.

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