Durante a terceira rodada de negociação entre Sindeducação e Secretaria de Educação, realizada no último dia 29, a SEMED prometeu inaugurar as creches da Cidade Operária e Chácara Brasil no próximo dia 16 de Setembro. É a quinta promessa de inauguração desses espaços, feita pela Secretaria de Educação ao longo deste ano. A secretaria também informou que vai lotar nos novos espaços, professores recém-nomeados do último Concurso Público, em detrimento dos profissionais de Educação Infantil que já estão estão na Rede, e possuem maior tempo de serviço.
A última previsão de abertura dessas creches foi dia 14 de Agosto. A dirigente sindical Nathália Karoline esteve nos locais, mas constatou que ainda falta muito trabalho para inauguração dos espaços. “Inclusive verificamos que não tinha mobília nas salas, faltava energia elétrica, água potável e outros”, apontou a sindicalista.
Segundo representantes da SEMED que estavam na reunião, a Creche Cidade Operária será inaugurada em regime parcial, visando receber apenas a demanda local do bairro. Os alunos da UEB Augusto Mochel serão direcionados para essa creche; já a da Chácara Brasil, será aberta e funcionará em tempo integral.
LOTAÇÃO DE PROFESSORES – A secretaria também informou que vai lotar, na Creche da Cidade Operária, os professores da UEB Rosa Mochel; e na Creche Chácara Brasil, os recém-nomeados do último Concurso Público.
O Sindeducação criticou a postura da secretaria, e defendeu a realização de uma relotação/remoção interna, com regras claras, que privilegiem os professores com maior tempo de serviço na Rede. “Entendemos que é uma forma de respeito e valorização dos professores da Educação Infantil”, defende a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco.
Ainda de acordo com a sindicalista, existe uma demanda reprimida na Rede Municipal de professores que necessitam de remoção/relotação, mas quando há inauguração de novos espaços a SEMED não prioriza o tempo de serviço na Carreira, formação, capacitação e outros atributos dos professores que já estão na Rede.
Na contramão do pleito defendido pelo Sindeducação, o professor Antonísio Furtado, presente à reunião, defendeu que apenas 50% das vagas fossem priorizadas para os professores mais antigos, ofertando a outra metade para os profissionais recém-nomeados.
Para a professora Gleise Sales, muitos professores que possuem vários anos de carreira na Rede criaram expectativas de atuarem nas creches, desde quando o Sindeducação lutava pela construção desses espaços, em 2014. “É deixar de valorizar o profissional que já desenvolve um excelente trabalho ao longo de vários anos, a SEMED deveria repensar a decisão”, comentou.