O governo do Maranhão, sob gestão de Carlos Brandão, do PSB, sinalizou no último sábado, 13, a renegociação de sua dívida com a União. De acordo com o levantamento da Folha do Maranhão, o valor renegociado é de R$ 303 milhões; porém, devido aos juros, a dívida final será de R$ 606 milhões.
A dívida do Maranhão com a União é proveniente de empréstimos não pagos, nos quais o governo federal teve que honrar. A cobrança desses valores estava suspensa devido a uma decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo apurações da Folha do Maranhão, esse seria o motivo pelo qual o governo do Maranhão não tinha sinalizado o empréstimo no valor de R$ 1,9 bilhão, autorizado pela Assembleia Legislativa no final do mês passado.
De acordo com a proposta de renegociação da dívida junto à União, apresentada no site do Tesouro Nacional, o governo do Maranhão terá 30 anos para pagar a dívida, ou seja, até o ano de 2052. Só de juros, o Maranhão terá que desembolsar R$ 303.732.160,00, deixando a dívida no valor de R$ 606.793.192,52.
Levantamento da Folha do Maranhão mostra que a dívida que o governo tinha com a União era referente a uma parcela de R$ 276.180.691,43, de julho de 2020, relacionada a um empréstimo contraído ainda na gestão de Roseana junto ao Bank of America. A dívida não teria sido honrada pelo ex-governador e atual ministro do STF, Flávio Dino, devido à pandemia da Covid-19.
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