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Há 68 dias de greve, professores da UEMA e UEMASUL continuarão o movimento de paralisação

No dia do Servidor Público, em 28 de outubro, o governador Carlos Brandão fez um anúncio que despertou a atenção de servidores públicos em todo o estado do Maranhão. O anúncio incluiu um “reajuste salarial” de 11% para os funcionários públicos estaduais, bem como um aumento na gratificação de titulação para professores e professoras da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL). No entanto, a diretoria do Sindicato dos Professores (SINDUEMA), em greve há 68 dias, afirma que o anúncio não atende às suas demandas de reposição de perdas salariais.

O governador anunciou um aumento de 5% na gratificação de titulação para mestres e especialistas, e 10% para doutores que lecionam na UEMA e UEMASUL. Entretanto, de acordo com o SINDUEMA, o anúncio não aborda a questão das perdas salariais que acumularam ao longo de uma década. Até fevereiro de 2023, essas perdas salariais foram calculadas em 50,28%. Além disso, o sindicato ressalta que a implantação do reajuste está prevista apenas para 2024, de forma escalonada, o que pode levar o índice de perda a alcançar 58%.

Os professores e professoras das universidades estaduais, UEMA e UEMASUL, têm enfrentado dificuldades há mais de uma década devido à falta de recomposição salarial integral. Essa situação afeta negativamente as condições de trabalho, que impactam diretamente no ensino, pesquisa e extensão, bem como nos indicadores de desempenho dessas instituições de ensino.

O SINDUEMA destaca que o pagamento dos salários deve estar em conformidade com as atividades desenvolvidas pelos professores para garantir que as universidades possam cumprir sua missão constitucional e estatutária, bem como contribuir para o desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e ambiental do Maranhão em diversas áreas.

O anúncio do governo foi feito unilateralmente, sem diálogo ou negociação com a categoria docente, que tem se manifestado de maneira pacífica em relação às suas reivindicações. Além disso, o SINDUEMA afirma que não houve resposta do governador a nenhum pedido de audiência, evidenciando a falta de valorização e respeito pela classe.

A greve dos professores continua até uma deliberação da categoria, que será decidida em uma Assembleia Geral convocada pelo SINDUEMA. O sindicato ainda não teve acesso ao Projeto de Lei enviado pelo governo à Assembleia Legislativa do Maranhão e, portanto, não pode posicionar-se sobre os termos e especificidades do PL em relação à questão salarial dos docentes.

O SINDUEMA ressalta a importância das pautas de Orçamento, Autonomia, Garantias de Recursos Financeiros e Suspensão dos Cortes de Recursos para a UEMA e UEMASUL, bem como a necessidade de estabelecer uma data base no calendário para evitar defasagens salariais. Portanto, a categoria continua em greve, aguardando a proposta oficial do governo para apreciação.

O sindicato enfatiza que a decisão sobre a continuidade ou encerramento do movimento grevista cabe aos professores e professoras da UEMA e UEMASUL e considera o pronunciamento do governador como o ponto inicial da negociação.

Neste momento, a greve dos professores da UEMA e UEMASUL continua, enquanto o SINDUEMA busca garantir melhores condições de trabalho e uma solução satisfatória para as demandas salariais da categoria.

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