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Com 16 dias, Eduardo Braide enfrenta a maior greve dos rodoviários em sua gestão

Apesar de em 2020 prometer que iria mudar a situação do transporte público de São Luís, Eduardo Braide já enfrenta a maior greve dos rodoviários na sua gestão. Com promessas mirabolantes durante a campanha e com slogan de que estava pronto, a população de São Luís começa enxergar a gestão do prefeito com outros olhos.

Nesta segunda greve, já se passaram 16 dias com impasses e incertezas para os empresários, rodoviários. e principalmente, para população ludovicense.

HISTÓRICO

No dia 21 de outubro do ano passado, rodoviários deflagram a primeira greve no sistema de transporte público da capital na gestão de Eduardo Braide. Na pauta, reajuste salarial e aumento de benefícios no tíquete de alimentação. Na oportunidade, o prefeito concedeu um subsídio aos empresários no valor de R$ 4 milhões por mês, onde os mesmos prometeram conceder 5% de reajuste salarial e 6% no tíquete alimentação, chegando a R$ 620,00 para categoria. Com isso, após 12 dias de greve, no dia 1 de novembro a greve chegou. Porém o acordo não demorou muito tempo, e cerca de 4 meses depois, Eduardo Braide enfrenta a segunda greve dos rodoviários em sua gestão.

No dia 16 de fevereiro deste ano, rodoviários cruzaram os braços mais uma vez alegando que os empresários não estavam cumprindo com o acordo que tinha sido estabelecido no final do ano passado, só com um agravante; possibilidade de demissão de cerca de 700 cobradores. Nesta paralisação, a frota de ônibus em São Luís ficou 100% parada.

No dia 18 de fevereiro, rodoviários foram as ruas protestar contra a falta de solução dos empresários e da prefeitura de São Luís, onde se descolocaram para a sede do executivo municipal. Acuado, o prefeito Eduardo Braide discursou, afirmando que estaria do lado da categoria, porém um dia depois a situação mudou.

No dia 19 de fevereiro, após 3 dias de greve, a justiça do trabalho determinou a prisão de membros do sindicato dos rodoviários, pelo descumprimento da determinação para que 80% da frota de ônibus circula-se durante o período da paralisação. A prefeitura de São Luís, através da Guarda Municipal, fez com que os ônibus fossem para as ruas. Diante da situação, os rodoviários chamaram Eduardo Braide de traidor, após Guarda Municipal conduzir os manifestantes em cumprimento a determinação da justiça. No mesmo dia, os ônibus começaram a circular, porém o sindicato manteve o estado de greve.

No dia 21 de fevereiro, a própria desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, a mesma que tinha mandando prender os líderes do sindicato, revogou sua decisão de prisão.

No dia 24 de fevereiro, a magistrada manteve o direito de greve dos trabalhadores, e desta vez reduziu a circulação da frota de ônibus para 60%.

No mesmo dia, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a ilegalidade ordem da prisão preventiva dos 15 trabalhadores rodoviários ligados ao sindicato da categoria, em resposta a uma ação ajuizada pela entidade. A ministra-relatora, Laurita Vaz, registrou que a desembargadora Solange Cristina Castelo Branco, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), não tem competência para julgar gestões relacionadas à área criminal.

No dia 25 de fevereiro, o prefeito Eduardo Braide autorizou o aumento de passagem no transporte público de São Luís. Com o reajuste, a tarifa das linhas de ônibus não integradas, que custava R$ 3,20, passou a custar R$ 3,40. Já o preço das linhas e integradas sobe de R$ 3,70 para R$ 3,90. Os novos valores passaram a valer a partir da 0h do domingo (27).

Também no dia 25, os rodoviários realizaram mais uma audiência de conciliação com os empresários na justiça do trabalho. Na audiência, os empresários afirmaram que além do reajuste da tarifa de ônibus, a prefeitura de São Luís teria que retornar o auxílio de R$ 4 milhões, ao invés de R$ 1,5 como foi proposto.

Diante do impasse, mais uma vez o sindicato dos rodoviários ameaçou parar 100% da frota nesta quinta-feira (03). Porém a direção voltou atrás e garantiu que 60% da frota circula-se no dia de hoje. Mesmo assim, a prefeitura de São Luís mandou viaturas da SMTT para porta de algumas garagens para garantir a circulação dos 60% da frota.

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