O Ministério Público do Maranhão abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades em um contrato na gestão da prefeita de Bom Jardim, Cristiane Varão (PL). De acordo com o MP, a investigação visa apurar o superfaturamento na compra de suprimentos de informática no qual foi denunciado pela Folha do Maranhão.
De acordo com a matéria publicada, a prefeitura de Bom Jardim fechou contrato com a empresa Tania Maria M Prazeres Comercio Eireli para o fornecimento de suprimentos de informática, tablets e notebooks com preços acima do mercado.
Assinado no último dia 13 de julho, a gestão de Cristine Varão pagou cerca de R$ 18.557,89 em HDs externo de capacidade de 1 TB. Ao todo foram comprados 26 HDs, cada unidade ao valor de R$ 720,00, preço acima do mercado.
De acordo com o contrato, a prefeitura gastou R$ 82.909,97 em 13 notebooks de configuração básica, cada uma saindo ao valor de R$ 6.377,69. Com esse valor, daria para comprar um computador com a configuração mais elevadas, conhecida no mercado como gamers.
Além dos preços superfaturados, o contrato apresenta diversas divergências na questão do produto fornecido e marca dos itens apresentados. A exemplo dos 13 tablets adquiridos pela prefeitura, na descrição apresenta a configuração de um tablet da Samsung, mas na marca aparece Goldentec, o certo que cada tablet que tem péssimo desempenhos aparecem ao valor de R$ 2.707,54 cada unidade, saindo o valor total a R$ 35.198,02 pagos pelos 13 produtos.
Em outra parte do contrato, a prefeitura pagou cerca de R$ 294 mil por 210 tablets, tem com os preços acima da média. R$ 219 mil, esse foi o preço pago pela aquisição de cabos de redes para o município.
De acordo com dados da Receita Federal, a empresa que fica localizada no município de Vitória do Mearim, apresenta como sua principal atividade o comércio varejista de móveis.
Ainda de acordo com o levantamento da Folha do Maranhão, a empresa possui 21 contratos com a prefeitura de Bom Jardim, que vão desde o fornecimento de peças de informática a material de higiene, totalizando assim, R$ 4.621.178,08 faturados no município.
O contrato já estava sob investigação do MP, através de uma notícia de fato, porém o promotor de justiça Fábio Santos de Oliveira resolveu dá continuidade as investigações.
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