O Consórcio dos Estados do Nordeste no qual o Maranhão faz parte, levou um calote na aquisição de equipamento de saúde, os respiradores. De acordo com as investigações, as empresas HempShare e Bioenergy US, ganharam um contato de R$ 48,7 milhões para fornecimento dos respiradores.
No contrato, o Consórcio de Estados do Nordeste comprou cerca de 300 respiradores pelo valor de R$ 48,7 milhões, porém nunca foram entregues pelas empresas. Ainda de acordo com o contrato, os respiradores seriam divididos desta forma, cerca de 60 respiradores ficaram com o estado do Bahia, e o restante seriam divididos de forma igual para os outros 8 estados, ficando com 30 respiradores cada um.
Ontem, em operação conjunta da Policia Civil da Bahia e de outros estados, foram presas 3 pessoas responsáveis pelo fornecimento destes respiradores. De acordo a polícia do Distrito Federal, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária em um hotel e dois de busca e apreensão em um residencial de Brasília. A outra prisão ocorreu no Rio de Janeiro.
Além das prisões, a operação Ragnarok cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Araraquara (SP).
A polícia informou que o grupo alvo da ação é especializado em estelionato, através de fraude na venda de equipamentos hospitalares. Conforme apontam as investigações, a empresa recebeu R$ 48 milhões por um conjunto de respiradores, não os entregou e ainda não devolveu o recurso. A empresa alvo da ação se apresentava como revendedor dos produtos.
“No decorrer da investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar que o contrato que essa empresa alegava ter com a empresa chinesa, na verdade, era um contrato falsificado. Inclusive, através de informações da embaixada da China, se constatou que a empresa que eles alegaram como fabricante dos respiradores na China é uma empresa de construção civil e que não trata, em absoluto, desse tipo de equipamento. Diante disso, foram pedidos bloqueios de conta, busca e apreensão, prisões para que houvesse a busca pela recuperação do recurso”, detalha Maurício Barbosa, Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O Maranhão teve o prejuízo de cerca de R$ 5,4 milhões conforme contrato de aquisição dos respiradores, esse valor corresponde a cota do estado no contrato do Consórcio de Estados do Nordeste. O maior prejuízo ficou com o estado da Bahia, cerca de R$ 10 milhões, pois segundo contrato a cota do estado era dobrada, pois o número de respiradores era maior entre os estados do Nordeste.
Até o momento, o governo do estado não se manifestou sobre o assunto.
Com informações do G1