O IBGE divulgou na quinta-feira (7), a distribuição de leitos de UTIs (unidades de terapia intensiva), respiradores, médicos e enfermeiros por unidades da federação e regiões consideradas referências em atendimento de saúde de baixa e média complexidade. Os dados são de 2019 e foram gerados em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para contribuir com as ações de enfrentamento à Covid-19.
O levantamento partiu do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 2019 (DataSUS), que reúne as redes pública e privada, e das Informações de Deslocamento para Serviços de Saúde 2018, cujos dados foram antecipados pelo IBGE.
Nordeste tem regiões com mais de 200 mil habitantes sem leito de UTI
De acordo com o levantamento do IBGE, o Maranhão, juntamente com Pará e Tocantins ocupam o 7º lugar no ranking com um dos piores índices de leitos de UTI, ficando com 8 leitos para cada 100 mil habitantes.
Norte e Nordeste têm menos respiradores que demais regiões
O cruzamento de dados também revela a distribuição de respiradores, equipamentos que realizam ventilação mecânica em pacientes com dificuldades respiratórias graves, nas unidades de saúde do país. O Distrito Federal lidera com índice de 63 respiradores por 100 mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (42), São Paulo (39), Mato Grosso (38) e Espírito Santo (35).
Estados do Norte e Nordeste são os menos equipados: Amapá (10 respiradores), Piauí (13), Maranhão (13), Alagoas (15) e Acre (16).
Entre as regiões de atendimento de saúde com mais de 500 mil habitantes, Santarém, no Pará, teve índice de 7 respiradores por 100 mil. A região com maior população, mas nenhum registro de respiradores, foi Governador Nunes Freire, no Maranhão, somando 149 mil habitantes.
Por outro lado, os estados com menos médicos estavam concentrados no Norte e no Nordeste. O Maranhão e o Pará registraram os menores indicadores, 81 e 85 médicos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Na questão dos enfermeiros, o Maranhão tem 106 profissionais para cada 100 mil habitantes