Na madrugada de 29 de janeiro de 2021, um crime brutal em São Luís e lançou uma sombra de impunidade que perdura até os dias atuais. Salomão Matos dos Santos, um auxiliar da Polícia Civil que sonhava em construir sua carreira no Instituto Médico Legal (IML), teve sua vida ceifada de forma trágica e covarde. Agora, dois anos após sua morte, familiares, amigos e a sociedade clamam por justiça, enquanto o caso permanece sem solução.
Salomão Matos dos Santos estava dentro de um veículo-lotação quando foi perseguido por um carro descaracterizado. Com medo de um possível assalto, o auxiliar da Polícia Civil buscou refúgio na Unidade de Pronto-Atendimento do Parque Vitória. No entanto, sua tentativa de se proteger acabou em tragédia quando ele foi covardemente alvejado a tiros no estacionamento do local. Moradores relataram ter ouvido pelo menos cinco disparos, mas uma investigação posterior revelou que Salomão não teve a chance de se defender, já que não efetuou nenhum disparo de sua arma. A tese de legítima defesa, defendida pelos acusados, foi refutada.
Dois anos após o ocorrido, a impunidade paira sobre o caso. Os dois policiais militares envolvidos no crime são o soldado, cuja identidade não foi revelada na época, Igor Thiago Lima Torga e o tenente da Polícia Militar Eddie do Nascimento Souza. Este último, inclusive, já tinha diversos problemas dentro corporação e acumula uma extensa lista de processos devido ao seu comportamento.
A situação do processo judicial também tem gerado preocupação aos amigos e familiares. Conforme as últimas atualizações do processo, datadas de 6 de julho de 2023, revelam que a defesa dos acusados está tumultuando o desenrolar processual. A decisão menciona que “a defesa está causando demora injustificada ao andamento processual”, adiando assim a data de um julgamento para o caso que já arrasta há 2 anos e 8 meses.
Diante da gravidade do caso, apela-se à Ordem dos Advogados do Brasil do Maranhão (OAB-MA) para que acompanhe o processo por meio de sua Comissão de Direitos Humanos. Amigos e familiares exigem respostas, e a impunidade não pode prevalecer quando se trata de um profissional cujos sonhos foram interrompidos de forma tão trágica.
Salomão Matos dos Santos era um indivíduo que aspirava a contribuir para a sociedade atuando no Instituto Médico Legal, mas sua jornada foi abruptamente interrompida, deixando um vazio em seus colegas e um sofrimento insuportável para aqueles que o conheciam.
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