A Prefeitura de Raposa, no Maranhão, é alvo de uma investigação que pode revelar um esquema milionário de irregularidades na folha de pagamento municipal. Auditores do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) iniciaram, nesta segunda-feira (18), uma inspeção no município, motivada por denúncias de permanência indevida de servidores exonerados nas folhas de pagamento.
A auditoria foi ordenada após a constatação de que 1.257 servidores exonerados por um decreto do Poder Executivo continuaram a receber salários entre janeiro e julho de 2024, gerando um custo acumulado de R$ 16,8 milhões. Esses pagamentos, supostamente irregulares, resultaram em uma representação formal do Ministério Público de Contas (MPC/MA).
Além da irregularidade na folha de pagamento, surgiram relatos de que secretarias municipais estariam tentando acobertar a situação. Há suspeitas de que servidores estejam sendo orientados a assinar contratos com datas retroativas e apresentar currículos que justifiquem suas contratações. Caso confirmadas as suspeitas de fraude, tanto gestores quanto servidores envolvidos podem enfrentar graves consequências judiciais.
A auditoria do TCE-MA gerou pânico entre os servidores municipais. De acordo com informações, lan houses e casas de xerox da cidade estão lotadas de funcionários elaborando currículos para entregar às secretarias. O movimento, amplamente comentado pelos moradores, levanta suspeitas de uma tentativa de mascarar as irregularidades apontadas na representação do TCE-MA.
Segundo a investigação do TCE-MA, Gesiel Gomes Braz, secretário de Administração e Planejamento, e Ariosmar de Jesus Lopes, controlador-geral, já foram citados no processo e estão sob investigação.
O conselheiro-substituto Melquizedeque Nava Neto determinou a realização da auditoria para verificar a conformidade dos pagamentos e a legalidade das contratações. Também foi sugerida a aplicação de multas aos gestores, caso seja constatada negligência.
A auditoria do TCE segue em andamento e deverá continuar até a próxima sexta-feira (22). Após a análise, o órgão deverá emitir um relatório preliminar e, posteriormente, um relatório completo sobre a investigação.
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