Ontem, o Fantástico, da Rede Globo, mostrou a compra escancarada de votos no município de Nova Olinda do Maranhão, cidade com pouco mais de 14 mil habitantes, localizada a cerca de 350 km de São Luís. Ari Menezes (PP) venceu Thaymara Amorim (PL) por uma diferença de apenas dois votos, conquistando 50,01% contra 49,99% de sua adversária. Com a apuração quase finalizada, Thaymara chegou a comemorar nas ruas, mas a virada de Ari no último momento frustrou os eleitores da candidata.
Após o resultado, surgiram denúncias envolvendo compra de votos. Danilo Santos, um eleitor de Ari, revelou ter vendido seu voto em troca de materiais de construção. “Prometeram 1.500 teias, sacos de cimento e madeira, mas não entregaram tudo”, relatou. Além disso, Danilo disse ter sido ameaçado por ter reclamado da situação. “Um caminhão da prefeitura veio aqui e levou as teias que tinham me dado.”
Luciane, outra eleitora, também relatou intimidações. Segundo ela, funcionários de Ari ameaçaram sua família. “Eles disseram que, se não votássemos nele, iam matar a gente”, contou, referindo-se ao prefeito eleito.
O Ministério Público Eleitoral anunciou que vai investigar as denúncias. Ari Menezes, em nota, condenou a compra de votos e afirmou que as acusações devem ser apuradas pela justiça. Seu vice, Ronildo da Farmácia, negou qualquer envolvimento: “Nossa campanha foi limpa.”
Clélia Barros, aliada de Ari, também negou conhecimento sobre a compra de votos. Enquanto o caso é investigado, outras denúncias surgem pelo interior do Maranhão.
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