A FAMEM – Federação dos Municípios do Estado do Maranhão silenciou sobre insinuações do governador Flávio Dino (PCdoB) que sugeriu, durante coletiva de imprensa na última sexta-feira (26), sem apresentar provas, que os prefeitos maranhenses estariam supernotificando as mortes causadas por Covid-19, conforme revelou o site Atual7 no último fim de semana.
Em março, a entidade chegou a publicar um carta em seu site, com duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro, na noite do dia 24 daquele mês, classificando o pronunciamento de ‘estarrecedor’.
“Como chefe da Nação e co-responsável pelo destino de milhões de brasileiros, Bolsonaro expressou sua insensibilidade com a gravidade da ameaça que ronda o mundo e aflige a todos indistintamente. Além de afrontar a ciência, o presidente demonstrou um egoísmo desmesurado”, diz trecho do comunicado disponivel na página eletrônica da instituição.
No entanto, a entidade privada de caráter assistencial que tem como objetivo integrar as cidades associadas de forma a garantir representatividade e direitos junto às esferas municipais, estadual e federal, não teve a mesma postura em relação ao governador maranhense.
Ao ser questionado pela jornalista Carla Lima, de O Estado, sobre a omissão de óbitos no balanço estadual da pandemia, quando há comparação com os divulgados pelos municípios, Flávio Dino alegou que a discrepância ocorre em razão da SES – Secretaria de Estado da Saúde usar metodologia própria para confirmação dos dados encaminhados pelas prefeituras, e que somente após revisão é que os casos e mortes por Covid-19 realmente confirmados pela pasta são inseridos no boletim epidemiológico.
Ou seja, para o chefe do executivo estadual, os números divulgados pelas prefeituras não são verdadeiros, apenas os da SES. A Famem, que também é comandada por um prefeito, ouviu as insinuações caladinha e o silêncio tem incomodado até mesmo filiados da própria instituição, mas esse é um assunto para a próxima matéria. Aguardem!