Um parecer técnico divulgado pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SEMIT) analisou o valor das corridas de aplicativos na cidade de São Luís. O estudo foi realizado no dia 19 de fevereiro de 2025, entre 11h20 e 14h, considerando trajetos entre 1,8 km e 37,9 km e avaliou 423 corridas, divididas entre os aplicativos 99 e Uber.
De acordo com o levantamento, do total de corridas analisadas, 235 eram da 99 e 188 da Uber, sendo 179 de moto e 244 de carro. Os valores das tarifas variaram conforme a distância e o tipo de veículo. Para os automóveis, o valor mínimo registrado foi de R$ 7,80, enquanto o máximo chegou a R$ 74,30. No caso das motocicletas, o menor valor identificado foi de R$ 5,10, e o maior, R$ 42,70.
Para calcular uma faixa de valores sugerida para os motoristas e passageiros, a análise levou em conta o preço mais frequente cobrado e estabeleceu um limite superior baseado na média das tarifas, acrescida de 20%.
Para motos, o valor médio encontrado foi de R$ 1,38 por quilômetro, enquanto o preço mais frequente foi de R$ 1,00 por quilômetro, resultando em uma faixa de valores sugerida entre R$ 1,00 e R$ 1,66 por quilômetro. Para carros, a média registrada foi de R$ 2,43 por quilômetro, com o preço mais comum em R$ 2,00 por quilômetro, definindo uma faixa sugerida entre R$ 2,00 e R$ 2,92 por quilômetro.
Os dados desse levantamento da SEMIT serviram como base para a precificação das corridas de aplicativos prometida pelo prefeito de São Luís. Apesar da divulgação oficial, o estudo levanta dúvidas sobre sua representatividade e se, de fato, reflete a realidade do setor de transporte por aplicativos na cidade. O curto período de análise e a concentração dos dados em um único horário do dia podem não ser suficientes para capturar a real dinâmica de preços praticados ao longo de 24 horas. Fatores como horários de pico, influência do clima e eventos sazonais podem alterar significativamente as tarifas.
Outro ponto questionável é se o voucher de R$ 30 anunciado pela prefeitura será realmente suficiente para garantir deslocamentos acessíveis à população.
Apesar de ainda não estar em funcionamento, a medida anunciada pelo prefeito Eduardo Braide vem enfrentando duras críticas na internet, sem contar o site de cadastro, que sofreu uma pane e, desde ontem, encontra-se fora do ar.
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