A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas mostra que o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), enfrenta dificuldades para se consolidar como candidato competitivo ao governo do estado em 2026. A indefinição sobre a sucessão no Palácio dos Leões, somada à presença de Orleans Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB), no cenário eleitoral, pode estar minando as chances de Camarão crescer nas intenções de voto.
Nos cenários espontâneo e estimulado da pesquisa, Felipe Camarão aparece atrás de nomes como Eduardo Braide, Lahésio Bonfim e o próprio Orleans Brandão. Na pesquisa espontânea, Camarão registra apenas 2,3% das intenções de voto, enquanto Eduardo Braide tem 4,4% e Lahésio Bonfim 4,7%. Orleans Brandão, mesmo sem grande projeção, já aparece com 2,1%, um indicativo de que a influência política de seu tio pode beneficiar sua candidatura.
No cenário estimulado, em que os nomes são apresentados aos eleitores, Orleans Brandão salta para 16,9%, superando Felipe Camarão, que marca 12,9%. Braide segue na liderança com 32,7%, e Lahésio Bonfim mantém 24,9%. Esses números sugerem que o eleitorado governista pode estar se dividindo entre Orleans e Camarão.
A principal incógnita é se Carlos Brandão deixará o governo para disputar uma vaga no Senado. Caso isso ocorra, Felipe Camarão assumiria o cargo e ganharia visibilidade como governador, o que poderia impulsionar sua candidatura. Porém, se Brandão permanecer no comando do estado até o fim do mandato, Orleans pode surgir como o nome favorito do grupo governista, deixando Camarão em uma situação delicada.
Com a eleição de 2026 se aproximando, a falta de definição sobre quem será o candidato de Brandão ao governo poderá prejudicar não só Felipe Camarão, mas também o próprio Orleans Brandão, abrindo caminho para a oposição liderada por Braide e Lahésio Bonfim.
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