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Prefeito de Pinheiro/MA, André da Ralpnet, nomeia envolvidos em desvio milionário em prefeitura do Maranhão

Em seu primeiro mês de gestão, o prefeito de Pinheiro/MA, André da Ralpnet, do Podemos, já está envolvido em sua primeira grande polêmica. Segundo levantamento exclusivo realizado pelo site Folha do Maranhão, André Ralpnet nomeou pelo menos três pessoas investigadas pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) por participação em um esquema de desvio de R$ 10.750.800,00 por meio de fraudes em licitações na prefeitura de Bom Jesus das Selvas, também no Maranhão.

Conforme apurou a Folha do Maranhão, as nomeações ocorreram por meio de portarias, nas quais André da Ralpnet incluiu os novos integrantes do alto escalão de sua gestão na prefeitura de Pinheiro, o que mostra uma certa aproximação da gestão de Ralpnet com os investigados. Entre os nomeados estão Duylio Fernandes da Silva, Eduardo Serra da Silva e Lydiane dos Santos Araújo Xavier, todos com cargos de assessores técnicos.

Segundo denúncia protocolada pelo Ministério Público, à qual a Folha do Maranhão teve acesso, Duylio Fernandes da Silva foi identificado como procurador da WL Empreendimentos e Locação Ltda., empresa acusada de fraudes em um pregão presencial na prefeitura de Bom Jesus das Selvas. Os contratos, no valor total de R$ 3.583.600,00, apresentaram irregularidades como a ausência de comprovação dos serviços prestados e o uso de empresas de fachada para desviar recursos públicos.

Já Eduardo Serra da Silva, que foi pregoeiro no município de Maracaçumé, também no Maranhão, é citado na investigação como beneficiário de valores relacionados a operações fraudulentas envolvendo pelo menos duas empresas.

Lydiane dos Santos Araújo Xavier, por sua vez, tem vínculos familiares com outros envolvidos no esquema. Ela é irmã de Lennylson e Ledylson dos Santos Araújo, respectivamente sócio e ex-sócio da WL Empreendimentos. Os laços familiares e as relações de proximidade entre os envolvidos reforçam as suspeitas de uma articulação criminosa estruturada para realizar os desvios milionários.

Relatórios do Ministério Público, conduzidos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), revelaram que as empresas WL Empreendimentos e J. Campos Empreendimentos compartilhavam vínculos e estratégias para fraudar licitações. Em uma das operações, verificou-se o saque de valores elevados seguido de depósitos fracionados para evitar o monitoramento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), evidenciando a tentativa de ocultar a origem ilícita do dinheiro.

Além disso, documentos técnicos demonstraram que a WL Empreendimentos não possuía sede funcional nem funcionários registrados para realizar os serviços contratados, indicando que a empresa era de fachada. Atestados de capacidade técnica apresentados nos processos licitatórios também foram manipulados, comprometendo ainda mais a legitimidade dos contratos firmados.

De acordo com o MP, as provas indicam que foi criada uma rede criminosa e estruturada para saquear recursos públicos, sem qualquer prestação de serviço real. Agora, pelo menos três dos envolvidos no esquema estão diretamente vinculados à gestão de André da Ralpnet na prefeitura de Pinheiro.

A Folha do Maranhão tentou entrar em contato com os citados na investigação, mas não obteve retorno. A reportagem também não conseguiu localizar um representante da prefeitura de Pinheiro para comentar o caso.

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