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Estou pronto e tenho coragem e atitude para resolver os problemas de São Luís, afirma Wellington

O pré-candidato a prefeito de São Luís, Wellington do Curso (PSDB), defendeu a tese propagada por opositores do núcleo de apoio ao governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB), de criação do chamado “consórcio” de pré-candidaturas para atrapalhar projetos contrários ao Palácio dos Leões. O tucano disse que foi vítima de perfis falsos há dois anos contra a sua então candidatura para o parlamento e confirmou a adoção de medidas de sua parte para evitar novos casos do tipo.

Ele expressou confiança na vitória este ano, ao contrário do que ocorrera nas últimas eleições municipais, e avaliou que está mais bem preparado em 2020 após superar o que chamou de “inexperiência” pessoal.

Wellington não descartou futuras alianças, no entanto, disse que tentará manter a linha de independência do trabalho para se credenciar diante do eleitorado este ano. Ele fez elogios aos investimentos do Governo Federal no tratamento da Covid-19 no Maranhão e teceu duras críticas à atual gestão da cidade.

O pré-candidato Eduardo Braide (Podemos), que faz parte do atual núcleo de oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB), tem falado sobre a criação de um “consórcio” de candidaturas para supostamente prejudicá-lo e desqualificar outros projetos ligados ao anti-governo. O senhor crê neste consórcio? Se sim, se sente atingido por ele?

Basta ser realista. Em 2016, fomos vítimas disso. Flávio Dino e seus aliados fizeram de tudo para que nós não chegássemos ao segundo turno. Em 2018, nas eleições para deputado, isso ficou muito mais forte. Tentaram de todas as formas impedir que fossemos eleitos, há relatos de eleitores nossos que receberam até propostas financeiras para não nos apoiar. Houve até uma máfia digital, perfis fakes organizados por um órgão do próprio Estado para nos atacar.

Fomos vítimas desse governo perseguidor, mas vencemos, graças a Deus e à consciência da população. Agora, em 2020, com toda a certeza, temos sido atingidos sim. Existe um consórcio sim e agora, este ano, está bem mais escancarado. Mas não irá vencer.

A postura é tão criminosa que já dividiram as secretarias do governador Flávio Dino para apoiar os pré-candidatos ligados ao consórcio e até dividiram as secretarias da Prefeitura de São Luís com seus aliados, mesmo antes de ganhar.

Há alguns meses, houve um possível ruído entre o senhor e o senador Roberto Rocha quando o mesmo, ciente da sua vontade de ser pré-candidato à Prefeitura da capital. O pré-candidato Wellington está, de fato, respaldado pela direção tucana?

Até o presente momento, sigo respaldado pelo meu partido, que é o PSDB, tanto por parte do presidente estadual, senador Roberto Rocha, quanto por parte do presidente nacional, Bruno Araújo.

Divulgaram várias notícias com o único intuito de enfraquecer nossa pré-campanha, mas não irão conseguir isso.

Em 2016, pesquisas dias antes das eleições apontavam o senhor como adversário do então candidato à reeleição, Edivaldo Júnior (PDT) em um cenário de segundo turno. No entanto, isso não se confirmou nas urnas. O que acha que deu errado na ocasião para o senhor, com estrutura robusta e partido com representatividade, o PP, não ter ido ao segundo turno?

Ainda que tivéssemos uma estrutura robusta, isso nem de longe se comparou às duas máquinas públicas de Flávio Dino e Edivaldo Holanda Jr que enfrentamos na época. Dino queria qualquer um, menos o Wellington. Por isso, uniu forças para nos perseguir e impedir de chegar ao segundo turno. Preferiu o outro candidato, por ter mais chances de superá-lo em um segundo turno.

Também reconhecemos que falhamos em alguns pontos. Em 2016, tínhamos menos de dois anos na vida política, éramos inexperientes, tínhamos o nervosismo da primeira vez, o debate mostrou isso. Reconhecemos nossas falhas e utilizamos esses anos para aprimorar e melhorar.

Ainda em 2016, é creditado por analistas um desempenho negativo do senhor nos debates nas eleições à época. O senhor teme o risco de acontecer novamente? Se não, por que não ocorrerá?

Isso não vai acontecer novamente. Em 2016, eu tinha pouco tempo na vida política, enquanto que todos os demais candidatos já tinham mais de oito anos e, alguns, eram até filhos de velhos conhecidos políticos. Eu não tive isso, pois vim de baixo, ingressei como deputado estadual em 2015. Nunca tive padrinho nem sobrenome na política, tive que aprender tudo na prática e, como tudo na vida, aprendi errando.

Falhei sim em 2016, nos debates, talvez por conta da inexperiência, do nervosismo, da “primeira vez”, mas mesmo assim pude contar com o apoio de mais de 100 mil votos limpos e conscientes de ludovicenses que confiaram em nosso trabalho.

Aprendi. De lá para cá, me dediquei, estudei, me aprimorei. Posso dizer com toda a certeza que estou pronto e tenho coragem e atitude para resolver os problemas de São Luís.

No início do ano, o senhor rejeitou uma possível aliança PSDB e Podemos. O senhor ainda crê que a cúpula tucana ainda firmará apoios de peso à sua pré-candidatura?

Na política, apoios são instáveis. Ainda temos um significativo espaço de tempo. Sigo, no entanto, com o nosso projeto “Ouvindo São Luís”, por meio do qual percorremos bairros e ouvimos a população para construção das propostas do nosso Plano de Governo.

Graças a Deus, o maior apoio que poderíamos ter, já temos recebido, que é nas ruas. As pessoas têm abraçado nossa pré-campanha. Não há peso maior que esse.

Na Assembleia Legislativa, o senhor mantém sempre que possível um discurso forte contra o governador Flávio Dino (PCdoB). Em uma eventual vitória sua nas urnas este ano na majoritária em São Luís, como seria, de sua parte, a relação com o gestor estadual?

Como parlamentar, é minha atribuição fiscalizar. Infelizmente, o governador tem feito muita coisa errada, e eu jamais poderia me calar diante disso. Não é nada pessoal. Se ele fizesse uma boa gestão, certamente teria o meu apoio. Após eleito, na condição de prefeito, buscarei sim parcerias.

Assim, é importante destacar, que caso ocorra, o governador não estaria recebendo a figura do Wellington do Curso, que ele tanto perseguiu, mas sim a figura do prefeito da capital maranhense. É agir de maneira técnica, em busca sempre do melhor para São Luís. Temos maturidade para isso.

O MDB, partido da ex-governadora Roseana Sarney, ainda não definiu de forma clara sobre como se posicionará acerca das eleições para prefeito na capital. O senhor aceitaria um apoio emedebista para sua pré-candidatura?

Como disse, temos um significativo lapso temporal para definir esses apoios. Não descarto nenhuma possibilidade, mas deixo claro que meu compromisso segue firme com aquilo que a população espera de mim. Jamais deixaria de lado ou agiria com negociações que violem o que prometi aos ludovicenses.

Qual a sua avaliação acerca da atual gestão pública municipal?

São Luís parece uma cidade sem prefeito. Agora, em ano eleitoral, podemos ver algumas pouquíssimas ruas sendo asfaltadas e praças sendo cercadas com a promessa de reforma. Parece que o atual prefeito, aliado de Flávio Dino, entende que ser prefeito é pintar meio fio e colocar placas mentindo dizendo que São Luís está em obras

Infelizmente, o descaso é muito grande. Não vemos ações efetivas na educação, muito menos na saúde, infraestrutura, transporte e demais áreas. O que temos é uma capital abandonada, e uma população que sofre arduamente com a gestão omissa que já se mantem no poder por oito anos.

O que pensa acerca do presidente da República, Jair Bolsonaro? Ele faz uma boa gestão, na sua opinião?

Fui sargento do Exército Brasileiro durante 15 anos. Especialista no serviço de inteligência e segurança nacional, defendi a pátria durante anos. Sou adepto aos princípios sim da disciplina e hierarquia.

Acredito que seja um pouco precipitado avaliar uma gestão com menos de 2 anos, principalmente no atual contexto nacional e internacional. Existem aspectos a serem elogiados, a exemplo de mais de R$ 6 bilhões enviados pelo Governo Federal para o Maranhão durante a pandemia; mas há, também, alguns que devem sim ser melhorados.

Por fim, quais são suas propostas para a área da saúde?

Precisamos humanizar o sistema público de saúde sob duas vertentes. A primeira delas é quanto à prestação de serviços para a população, e isso envolve estabelecer uma linha de atendimento eficiente desde a chegada à Unidade Básica de Saúde, passando pelas consultas médicas, de enfermagem; solicitação de exames, caso necessário, encaminhamento para consultas especializadas, até o nível hospitalar.

Iremos garantir um bom atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades Mistas, sempre priorizando a disponibilização de insumos e medicamentos. Iremos, também, ampliar a cobertura de equipes da Saúde da Família. A segunda vertente é trabalhar para garantir uma qualidade vida aos profissionais da saúde, que seguem sendo massacrados pelo atual prefeito, com uma exaustiva jornada de trabalho.

Essa matéria é do jornal o estado do Maranhão

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